René Crevel aterrissa com textos inéditos. Em A Morte Difícil seguido de O Espírito Contra a Razão, Se a Morte Fosse Apenas Uma Palavra, além da resposta do autor à Enquete sobre o suicídio publicada na revista La Révolution Surréaliste, da editora 100/cabeças, são apresentados aspectos da literatura-suicida no dono e senhor de olhos fechados do navio em plena tempestade, como André Breton o retratou. O romance A Morte Difícil é o protagonista dessa seleção. Nesse, o autor, que esteve entre as testemunhas de surrealismo absoluto no Primeiro Manifesto (1924), escreve uma das obras mais ousadas de seu tempo, marcada por uma progressiva expansão dos limites do jogo narrativo, com a dissolução de elementos como o enredo e o avanço na direção de uma prosa reflexiva, conforme o ensaio-posfácio o primeiro sonho de arco-íris: entre corpo e desejo a palavra, assinado por Marcus Rogério Salgado.