Uma nova e reveladora abordagem da história do bandeirantismo e da formação de São Paulo, que redimensiona o papel dos povos nativos no sistema produtivo paulista entre os séculos XVI e XVIII. Colocando no centro do palco as populações indígenas e o contato diferenciado que mantinham com colonos e jesuítas, o historiador John Manuel Monteiro reinterpreta criticamente a formação da sociedade paulista. Com uma economia voltada prioritariamente para a arregimentação de mão de obra nativa os negros da terra, os paulistas tiveram constantemente de redimensionar as suas atividades. Dessa forma, a busca de metais preciosos, a expansão do gado e o contínuo crescimento da produção agrícola vincularam de modo irreversível a formação econômica e social paulista à dizimação das sociedades indígenas e a uma dinâmica interna de cunho eminentemente escravista.