A obra é bem atual, podendo ser percebida quando desenvolve, com maestria, a necessidade de haver cooperação entre os sujeitos que gravitam em torno de um litígio, fato de extrema importância, mormente porque nós, mais antigos, fomos acostumados a litigar, sem nos preocuparmos com a atuação conjunta e concertada entre todos os sujeitos do processo, destacando, uma vez mais, a importância dos fenômenos econômicos para encontrar a melhor forma de cooperar. A autora, em seu livro iniciante, já demonstrou a coragem e ousadia que são traços marcantes de sua personalidade, quando enfrenta, de maneira bastante lúcida e segura, a possibilidade de haver restrições ao direito fundamental, desde que que haja uma fundamentação bastante robusta e, em especial, para se garantir que o núcleo essencial do direto não seja maltratado. (Da apresentação do Professor da FGV, o Des. Luiz Roberto Ayoub) O trabalho que o leitor tem em mãos é fruto da dissertação de mestrado defendida e aprovada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), sob minha orientação, e que pretende lançar as bases para o estudo e desenvolvimento da análise econômica do direito voltada ao direito processual. Prontamente se nota que a obra revela um lado pouco explorado na literatura processual: a análise econômica do direito, que tem recebido reflexão mais detida no campo do direito privado e mesmo no administrativo e econômico, mas tem iluminado muito pouco a abordagem do fenômeno processual no Brasil. Qualquer que seja a conclusão do leitor, a discussão é não somente interessante como indispensável para pensar os caminhos futuros do Judiciário brasileiro, e neste contexto a obra de Ana Carolina Melman, cuja leitura recomendo, insere-se como leitura obrigatória. (Trechos do Prefácio do Professor da UERJ, o Procurador da República Antonio do Passo Cabral.)