Em meados do século XIX, o Brasil ainda vivia a escravidão africana. A história deste romance se passa no momento de transição entre esse modelo sub-humano e o da mão de obra livre. Nesse contexto, acompanhamos as artimanhas de Carmeliano, um aproveitador que se tornaria “barão do café”. Ele se casa com uma rica herdeira e comete atrocidades na tentativa de livrar-se dela, enquanto leva uma vida libertina no casarão de madame Sofia, longe da fazenda e da província. Josefina, a protagonista, irá entrar no turbilhão desta trama tanto por interesse quanto por ingenuidade, e viverá uma rotina silenciosa de abusos, mas também de solidariedade de seus amigos escravizados, até conhecer aquele que poderia trazer outro rumo para sua vida. Explicando os mecanismos da Justiça Divina, e mostrando com vivas cores as influências do plano espiritual, este enredo irá prender o leitor em suas idas ao passado e voltas ao presente, nesta cativante arquitetura que constitui a narrativa da autora.