A mostra inaugural da Casa Roberto Marinho reuniu destaques de dez expoentes do modernismo brasileiro nos anos 1930 e 1940. A seleção de Roberto Marinho obedeceu a seu gosto pessoal e foi dirigida, em sua maioria, a companheiros de geração, de vários matizes ideológicos, com o anseio comum da formação de uma nova mentalidade na arte, pessoas e país. Frequentador dos ateliês de Pancetti e Portinari, então jovens artistas promissores, não era inusual receber a visita de outros no escritório e alguns em reuniões no Cosme Velho. Este acervo nos permite um olhar mais denso sobre a produção dos anos 1930/1940, período precipitadamente descrito como “cristalização pictórica” ou “mero exercício de um modernismo tardio”, muitas vezes subestimado frente aos valorizados avanços dos anos 1920 e 1950.