Há meio século, quando caía sobre a cidade chuva de estrelas anunciadora do 25 de Janeiro, o estudante Ives Gandra da Silva Martins oficiava, na religiosidade cívica do momento, seu primeiro canto de amor a São Paulo. Esse estudo, que renasce agora, recebeu na ocasião, das mãos de Guilherme de Almeida, a bênção da poesia. O livro é profissão de fé e vigília de armas daquele que era armado cavaleiro da causa paulista, aos dezessete anos. ... Se ontem, o ato de devoção ao passado paulista foi a primeira comunhão de um historiador adolescente, hoje, a confirmação da crença é ritual de crisma do intelectual vitorioso que, publicamente, reafirma a fé nos destinos da civilização bandeirante. Um homem de cabelos brancos e sorriso moço é novamente o estudante-rapsodo cantando com os amigos, no pátio da Faculdade de Direito, parabéns à amada cidade de São Paulo! Paulo Bomfim