"Este livro pretende mais do que uma revisão da filosofia moderna. Ao contrário, o que ele pretende é mostrar como sobrevive a básica questão da subjetividade à medida que foi experimentada e reelaborada por diversos pensadores do século XIX e XX. Quer, portanto, mostrar como a questão moderna tornou-se problema contemporâneo. Vai além disso, no entanto, quando sinaliza o lugar da destruição da própria subjetividade em vários de seus textos e nos põe a pensar o que a subjetividade tem a ver conosco, com os meros "alguéns" e "ninguéns" que transitamos por aí sem saber de onde viemos e para onde estamos indo. Este livro trata, portanto, de um perigo que, infelizmente, não é um problema teórico, mas, eminentemente prático. O perigo da eliminação do sujeito e assim daquilo que constitui o que compreendemos junto da tradição filosófica por "humano". Quer enfrentar este perigo com a luz do pensamento, este archote que é preciso manter aceso em tempos sombrios". (Marcia Tiburi)