“Instável por definição, o domínio de Eros está fadado à incerteza: sobre cada noite de amor sempre pode pesar a ameaça de ser a última. Daí que a fantasia da permanência ocupe a imaginação dos amantes desde há muito tempo. Ou, ao menos, desde a idade de ouro do lirismo grego, por volta de 600 a.C., quando Safo de Lesbos registrou em versos suas delicadas súplicas para a paixão substituir o tempo. Na brilhante tradução de Joaquim Brasil Fontes podemos finalmente ter acesso aos fragmentos de Safo, que deram origem à poesia amorosa do Ocidente.”