Em março de 1890, o engenheiro agrônomo e médico veterinário Giovanni Rossi desembarca no porto de Paranaguá, acompanhado de cinco companheiros de luta e ideal anarquista com algo mais do que os simples sonhos de um imigrante italiano no Novo Mundo. Intelectual de posição própria dentro dos duros debates entre socialistas e anarquistas italianos acerca dos rumos da marcha revolucionária, Rossi chega ao Brasil com o intuito de colocar radicalmente à prova não só os conhecimentos que havia acumulado na organização de comunidades agrícolas autossustentadas, mas também o horizonte utópico de seus contemporâneos. Seu objetivo: a fundação de uma colônia rural guiada, de um lado, pela partilha igualitária do trabalho e dos recursos materiais e, de outro, pela crítica radical aos paradigmas morais, políticos e econômicos da sociedade liberal europeia.