O texto, resultante de profunda pesquisa, tem como objetivo refletir sobre a influência da economia no Direito de Família brasileiro. Em que pese o afeto ter exsurgido como um importante valor a nortear e a reconfigurar as relações familiares, não se pode ignorar o alcance dos ditames mercadológicos que penetram em todas as esferas da vida, incluindo as relações familiares. Portanto, deslizando entre a dúplice vertente do afeto e da economia, busca-se demonstrar os reflexos econômicos de variados institutos familiaristas e de como interessam não só ao direito, mas também para a análise econômica do direito (economics and law). Além disso, através de análises concretas de reformas legislativas e decisões recentes, busca-se revelar aspectos econômicos silenciados, propondo uma reflexão sobre os seus variados efeitos. A tese, transformada em livro, contribui para repensarmos as coordenadas em que compreendemos as vicissitudes do afeto com economização. Em uma sociedade em que o dinheiro acabou se tornando um significante mestre, arriscar-se na leitura cruzada entre direito de família e economia é para pessoas corajosas. E Dóris Ghilardi inscreveu seu nome em uma temática em que há certo tabu. Recomendo fortemente a leitura. Você possui a liberdade de amar ou odiar, pagando o preço de sua posição subjetiva. (Alexandre Morais da Rosa)