Em 2017 se comemorou 100 anos da Revolução Russa, enquanto em 2018 se completaram os 50 anos do maio de 1968. Nos últimos anos, rebeliões, revoltas e levantes têm estremecido as ordens políticas e sociais de diversos países em diferentes continentes. O aspecto da luta pelo direito à cidade e pelo comum de todas essas revoluções, rebeliões e levantes é a importância estratégica das cidades, pontos de convergência e de multiplicação dos movimentos das praças, dos parques, das ocupações de ruas, das ocupações de fábricas, das greves e das manifestações por melhores condições de vida cotidiana e contestação da ordem dominante. Esses movimentos também fazem emergir as “minorias”, muitas vezes majoritárias, oprimidas (mulheres, diversidades sexuais, raciais, migrantes), desvelando o múltiplo e o diverso no espaço urbano.