O décimo segundo volume da coleção Ensainhos traz um estudo inédito sobre um lado pouco conhecido de Lasar Segall: suas decorações para os bailes da sociedade pró-arte moderna e pavilhões de arte da elite paulistana nos anos 20 e 30. Na época, os artistas e intelectuais, em busca de oportunidades e projeção, orbitavam em torno das famílias conservadoras e empresários imigrantes, endinheirados e festeiros. Neste contexto, Segall equilibrava tanto o lado do pintor festejado pela fortuna, quanto pelo reconhecimento artístico. Seus trabalhos decorativos foram um registro de suas esferas de atuação, seus êxitos e derrotas. Seus escritos e testemunhos comprovam o manejo fluente das propostas das vanguardas, unindo experiência pessoal e trabalho plástico. A edição traz um caderno ilustrado em cores com os desenhos, esboços e croquis dos trabalhos, além de fotografias que registram as montagens dos eventos. Um retrato fascinante do artista, o livro afirma a condição privilegiada de Segall dentro do movimento modernista, e prova que ele produziu trabalhos de qualidade ao longo de sua trajetória, em todos os gêneros a que se dedicou.