Nesta obra, o autor examina a revolução colombiana com base em três eixos. Primeiro, a forma específica de construção da ordem política colombiana ao longo do século XX, caracterizada pela debilidade do Estado, a centralidade dos partidos e a fragmentação das elites, cuja falta de hegemonia é uma das principais razões das constantes guerras civis na Colômbia. O segundo bloco se refere à dinâmica da ordem social, que desde o século XIX gira em torno da luta pela terra e dos processos de colonização e migração. O terceiro aborda os modos de estruturação do poder e da violência desde a década de 1950 até os dias de hoje.A sangrenta Guerra dos Mil Dias (1899-1902), confronto entre liberais e conservadores colombianos, enseja os contornos de lutas ferozes que se estendem, quase sem hiato, até os nossos dias. Esse precedente trágico e único moldou a história posterior do país. Os anseios libertários, seu contraponto com a presença de cartéis de drogas e a intervenção norte-americana, conformam uma situação explosiva e peculiar, dificilmente inteligível no exterior. Por isso mesmo, a Colômbia é vítima frequente de estereótipos simplistas que obscurecem o significado das tensões e dos endêmicos conflitos armados que assolam a região.A sangrenta Guerra dos Mil Dias (1899-1902), confronto entre liberais e conservadores colombianos, enseja os contornos de lutas ferozes que se estendem, quase sem hiato, até os nossos dias. Esse precedente trágico e único moldou a história posterior do país. Os anseios libertários, seu contraponto com a presença de cartéis de drogas e a intervenção norte-americana, conformam uma situação explosiva e peculiar, dificilmente inteligível no exterior. Por isso mesmo, a Colômbia é vítima frequente de estereótipos simplistas que obscurecem o significado das tensões e dos endêmicos conflitos armados que assolam a região.