Certa manhã, bem cedo, Ramón descobre o cadáver de Adela num campo de cereais perto de Loma Grande. O rapaz só a vira de relance, em poucas ocasiões, mas, no mesmo instante em que ele cobre com sua camisa o corpo nu da morta, o boato de que Adela era sua namorada começa a se espalhar. A partir desse momento, os fatos se desencadeiam irremediavelmente e Ramón se vê obrigado a vingar a morte da jovem. Seu coração o obriga a agir; seu coração e um povoado inteiro, que, com rumores que circulam e que todos respiram, se transforma em protagonista do romance, em criador de uma ofensa e de uma inevitável vingança. Um doce aroma de morte é um romance fascinante, no qual a paixão e o orgulho ditam cada uma das decisões dos personagens, a vingança se transforma em destino e a verdade se mostra em sua faceta mais ambígua e demolidora. Guillermo Arriaga é um escritor eficaz, com um domínio e controle total da arte de narrar e se utiliza habilmente do suspense e da tensão. O autor é um narrador visual, de ação, em um universo onde as coisas se sucedem rapidamente e vão mudando o curso da vida dos protagonistas. Nascido na Cidade do México em 1958, Guillermo Arriaga licenciou-se em Ciências da Comunicação e em História. É romancista, é também produtor, diretor e roteirista de cinema. Além de Um doce aroma de morte Guillermo Arriaga escreveu outros dois romances: O búfalo da noite (lançado no Brasil pela Gryphus Editora em 2002) e Esquadrão Guilhotina (inédito no Brasil) e assim como o livro de contos Retorno 201. Guillermo é também premiado roteirista dos filmes Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, pelo qual concorreu ao Oscar de melhor roteiro original em 2007.