Durante o levantamento do acervo deixado pelo compositor alemão Ludwig van Beethoven, ocorrido em 1827, foram descobertas três cartas de amor escritas por ele, endereçadas a uma mulher identificada apenas como 'Minha Amada Imortal'. A investigação acerca da identidade da destinatária de tais correspondências elencou várias candidatas, porém, não chegou a uma prova conclusiva. O assunto causou - e ainda causa - grande curiosidade. Em meio ao alvoroço gerado pela descoberta das cartas, o retrato de uma mulher desconhecida, encontrado na gaveta da escrivaninha do compositor, acabou por passar despercebido. Essa relíquia - pertencente hoje aos arquivos da Beethoven-Haus, em Bonn, Alemanha - vem sendo considerada como a provável representação da Amada Imortal de Beethoven. O autor nos apresenta as hipotéticas memórias de Luise Lichtenberg, a dama do misterioso retrato, baseando-se para isso em ampla investigação histórica. Na era de Napoleão, do fervilhar musical de Viena, do nascimento dos financistas modernos, os acontecimentos se sucedem num ritmo envolvente e fascinante. A 'Gruta' é uma jornada em busca do amor verdadeiro. Insere o tema da 'Amada Imortal' de Beethoven no terreno dos arquétipos femininos da humanidade, sendo nessa dimensão mais profunda que o mistério é abordado. Narra a jornada de uma mulher vivendo num tempo de grandes transformações sociais e posta diante de um grande desafio - encontrar o caminho da união entre a alma mortal e imortal, o amor terreno e espiritual. Como pano de fundo, a música de 'A Flauta Mágica', de Mozart, e 'Fidélio' de Beethoven.