Ainda muito jovem, João da Silva Feijó partiu do Brasil em direção a Portugal, onde estudou Ciências Naturais. Em 1783, foi enviado a Cabo Verde, arquipélago em que esteve por mais de uma década, na condição de Naturalista da Coroa. De volta a Lisboa, trabalhou no Jardim Botânico da Ajuda até 1799, quando foi enviado para o Ceará, com a missão de produzir salitre e estudar a flora da região. Terminou seus dias no Rio de Janeiro, como professor de Zoologia e Botânica da Academia Militar. Deixou uma vasta obra sobre os mais diversos temas científicos: economia, botânica, vulcões, liquens, ouro, criação de carneiros, etc. Apesar de sua expressiva trajetória de vida, João da Silva Feijó recebeu pouca atenção dos estudiosos da história das ciências do Brasil e de Portugal. A presente coletânea se propõe a resgatá-lo desse esquecimento, tornando acessível ao público interessado sua obra científica, bem como sua correspondência oficial passiva e ativa.