A amizade, mais do que todas as outras coisas humanas, é o privilégio dos justos. Não é verdade que ela nasce de um utilitarismo e caminha para ele, ao contrário, o fundamento da amizade está na própria natureza, quanto mais a virtude brilha em alguém, mais nos inclinamos a lhe dirigir sentimentos de amizade. Há amizades profundas e refinadas, e amizades comuns e superficiais. Não é preciso dizer que as primeiras são preferíveis às outras, pois fundamentam-se verdadeiramente na virtude e orientam-se para o bem comum dos amigos.