Num amplo panorama da literatura ocidental, Milan Kundera reflete a respeito da arte do romance e sua contribuição para a investigação da existência humana. Em A cortina, Milan Kundera reflete sobre um de seus temas preferidos: a arte do romance. Partindo dos mestres fundadores do gênero literário na Europa, Rabelais e Cervantes, o autor de A insustentável leveza do ser analisa a produção de nomes como Flaubert, Kafka, Joyce, Musil, Broch e Gombrowicz, e estabelece continuidades históricas e diálogos inesperados por exemplo, com os latino-americanos García Márquez e Fuentes. Marcado pela originalidade e inteligência características de Kundera porque é assim que um romancista teoriza: conservando com ciúme sua própria linguagem, e fugindo como da peste do jargão dos eruditos, este livro é uma pequena obra-prima para todos aqueles que produzem, estudam ou simplesmente apreciam um bom romance.