A cartografia passa por muitos momentos da literatura e diversas partes do planeta, aproximadas pela presença do poeta, que palmeia o mapa de sua vida, nesse balanço um tanto precoce e talvez por isso mais pungente e inquietante. Brasileiro vivendo há vários anos em Portugal, incorpora autores lusitanos às suas referências, entre outros, expandindo a própria expressão ao mesmo tempo em que rompe as convenções territoriais que tantas vezes constrangem os artistas com falsos limites. Enfim, trata-se de um tema da banalidade cotidiana universal e, paradoxo, eterno. É grito e lamento diante do absurdo que se renova a cada fração de segundo da consciência. Um construir que se dá exatamente na sua negação.