Beber na fonte do amor é sempre voltar ao amor. Essa atitude não deixa a vida secar. Sabemos que o ser humano erra: ele se perde em suas próprias paixões, afasta-se de sua essência, perde o rumo, o objetivo. Perdendo o rumo, não perde somente a Deus, mas a si mesmo. Sua própria força não é suficiente para livrá-lo da culpa e do distanciamento de si mesmo. Acolhendo a misericórdia, poderá novamente entrar em contato com sua essência original e com o sentido de sua existência. O Papa Francisco repetiu várias vezes: “Deus nunca se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir-lhe perdão”. No perdão ilimitado de Deus, percebemos a possibilidade de nos reerguer. Além de nos consolar, abraçar e envolver, a misericórdia nos humaniza. O ser humano é feliz na medida em que se torna o que ele deve ser. Isso significa ser verdadeiro consigo mesmo, com os outros e com Deus.