Este, é um livro de descobertas, a leitura obrigatória para quem deseje conhecer os primórdios do desporto em Portugal. Assinala brasões da hierarquia desportiva, exalta a tenacidade quase heróica de homens na sua luta pela evolução cultural das simplórias populações desta estreita periferia. A história é a saga dos povos que moldam a própria vida, padejando os grãos do seu labor, juntando-os no pão que destinam aos filhos. É também a olaria onde as proplásticas tomam as formas definidas pelos bons artesãos ou a argila se perde em obras medíocres. Do nada, os pioneiros iniciaram o caminho sempiterno do desporto, há muito que completaram as estafetas, passaram os testemunhos, mas deixaram às gerações promissoras alamedas esboçadas na planície inculta, derrubando na caminhada preconceitos dissociais, tabus impudentes e enraizados imobilismos que igualmente eram bandeiras dos obscurantistas. O desporto não pode ser uma idionomia, antes integra a sociedade, reverberando, até, os seus defeitos e virtudes sociais, culturais, ducacionais. Por isso, Lisboa de outras eras é o imenso cenário onde nasce, cresce e começa a desenvolver-se a personagem Desporto. HOMERO SERPA nasceu em Lisboa em 1927. Tem uma longa carreira como colaborador de várias publicações destacando-se, entre outras, o Diário de Lisboa. o Diário Popular, a República e A Bola onde também, como efectivo durante vários anos, foi chefe de redacção. Obteve vários prémios de mérito durante a sua carreira profissional. Publicou uma dezena de livros dedicados ao desporto em Portugal.