A maior parte das nascentes e das áreas de recargas de mananciais de água doce situa-se em terras altas, secas e pouco férteis, exatamente as mesmas em que se assentam, no Brasil, as comunidades camponesas. Este livro analisa os dilemas surgidos da tensão entre consumo, conservação e regulação da água em comunidades camponesas do Alto Jequitinhonha mineiro. Revela como esses lavradores souberam fazer da fraqueza força, criando alternativas para o uso da água que combinam os preceitos do costume com a pressão da inovação para construir práticas sustentáveis ajustadas às bases culturais, ambientais e produtivas daquela sociedade.