Em Alguns botões de madrepérola, não espere ser seduzido por poemas banais, versejando sobre o amor e a vida como meros motes... O poeta H. Martins nos seduz, sim, mas com a autoridade de quem tem em perspectiva toda a vida pregressa, e sabe explorar com laivos ora de fina ironia, ora com a condescendência de quem já experimentou dos sentimentos mais díspares e disparatados, sobre o amor, a amizade, sobre ilusões que se desfazem com o tempo. [...] Preciosos e delicados como madrepérola, os poemas de H.Martins se revelam sob uma perspectiva bastante peculiar, sedimentados em percepções que o levaram a formar esse conjunto de rara beleza orgânica.