Ainda é preciso insistir no fato de que a LIBRAS é língua? Desde a década de 1960, ela recebeu o status linguístico, e, ainda hoje, passados quase cinquenta anos, continuamos a afirmar e reafirmar essa legitimidade. O objetivo desse livro é pensar algumas questões relativas à surdez, num momento oportuno e particularmente pertinente, quando decisões políticas têm propiciado um olhar diferenciado para as minorias linguísticas no Brasil. Os discursos sobre o surdo, a língua de sinais e a surdez "abrem-se" para dois mundos desconhecidos entre si: o do surdo em relação ao mundo ouvinte e o do ouvinte em relação ao mundo surdo. O leitor encontrará aqui um ponto de partida para repensar algumas crenças, práticas e posturas à luz das transformações que marcam a área da surdez na atualidade. O que se espera é poder chegar a um novo olhar, a uma nova forma de narrar a(s) realidade(s) surda(s). Dada a amplitude das preocupações aqui delineadas, o livro pode alcançar diferentes (...)