A leitura deste livro colocará o leitor em contato com muitos "Beccarias": o iluminista, que criticou durante o poder monárquico e sua justiça inquisitiva; o secular, que pugnou pela separação entre a Igreja e o Estado, a religião e o direito e o delito e o pecado; o racionalista, que partia da premissa de que o humano deveria fazer uso da razão e se libertar das crenças e superstições, das religiões estabelecidas assim como dos costumes autoritários; o contratualista (o poder político é fruto de um acordo, de um pacto entre as pessoas, consoantes lições de John Locke, Hobbes e Rousseau); o crítico do sistema medieval, que pregava, com Montesquieu, que toda pena desnecessária é tirânica...