Raul Pompeia não é propriamente um autor esquecido, mas a fortuna crítica concentrada em O Ateneu (1888) minimizou a riqueza de sua obra extensa e multifacetada, reduzindo-o à ingrata e equivocada condição de "autor de um livro só". A rigor, ele produziu muito mais fora do gênero romanesco: crônicas, contos, novelas, ensaios, artigos, caricaturas, desenhos, capas de livro e poemas em prosa são algumas das searas em que se aventurou. Prova disso são as Canções sem metro, obra iniciadora do poema em prosa no Brasil.