Hoje ainda é impossível compreender a história do cinema brasileiro da década de 70 sem entender o tratamento dado por Sylvio Back à histérica aversão à cultura alemã em dias de guerra, por seu saudável descompromisso com cartilhas estéticas e políticas (as ainda vigentes ou as agonizantes), fossem elas marginais ou cinemanovistas. Durante toda a carreira comercial de 'Aleluia, gretchen' o realizador manteve como o argumento-base do longa a discussão dos problemas da imigração na civilização meridional. Já pelo roteiro, que alinhavado por Back a partir de uma história dele, é possível sentir como o cineasta evitou enveredar pelo prefixo 'anti' em cada uma de suas linhas. Este livro passa longe de ser antialemão, anti-semita, antidemocrático, antiburguês. Só vale um 'anti' para a saga dos Kranz no Brasil - a anticensura. Sylvio Back escreveu esta trama - agora resguardada em livro trinta anos depois de seu impacto na telona - como uma resposta ao silêncio. O roteiro é mais um eco de seu gesto.