A umbanda é universalista, eclética e abrangente, como a tônica original da mensagem de Jesus contida em seu sublime Evangelho. Em Reza Forte, Ramatís une-se novamente a Pai Tomé para, desta vez, delinear uma abordagem profunda das práticas mágicas populares que escravizam os cidadãos a um sistema de trocas com o Sagrado, fazendo ambos importantes alertas de esclarecimento à luz dos ensinamentos libertadores de Jesus. Neste momento de transição planetária, em que urge a germinação definitiva do amor crístico no coração dos homens, a fim de que se possa mudar padrões de condutas equivocadas e alcançar a Terra Renovada, a umbanda vai gradativamente revendo ritos e cerimoniais distorcidos de suas genuínas raízes africanas pela atuação de sacerdotes interesseiros e venais, cumprindo assim a sua destinação espiritual traçada pelo Alto para o Terceiro Milênio. Ramatís e Pai Tomé ressaltam a atuação constante dos guias espirituais no trabalho de transformação íntima de seus médiuns, que se dá silenciosamente no contato fluídico através da mecânica de incorporação no terreiro; explicam sobre a origem multifacetada da umbanda, religião genuinamente brasileira com influências indígenas, africanas e europeias; relatam a verdadeira significação dos orixás, voduns e inquices; tecem detalhes sobre o transe de possessão; retomam as crenças indígenas e seus cultos ancestrais, remanescentes dos rituais de jurema, pajelança e catimbó. Esta obra traz, enfim, temas muito falados e pouco compreendidos do universo das religiões mágicas brasileiras. É portanto uma nova luz no entendimento de nossa diversidade espiritual.