"Desde muito cedo nós, mulheres, aprendemos a dolorosa lição da subalternidade. Temos lugar no mundo, mas não é o nosso espaço de fato. O lugar que nos é dado não nos representa. O que é ofertado passa por uma questão de condescendência e não de reconhecimento. É preciso desmerecer esse local que nos estigmatiza e erradicar esse ambiente imposto como território de opressão e negação viabilizando, assim, a construção de um local de igualdade e que celebre o feminino. Esse livro surge da inquietação e da recusa. Recusa a um lugar que não reconhecemos como nosso, que não apreciamos e que nos causa repulsa. Inquietação, porque nenhuma mulher deseja menos do que a equidade de gênero. Sigamos juntas. Empoderadas. Titulares dos nossos direitos. Cidadãs num país que não nos cale ou se exima de coibir as desigualdades que nos oprimem e que não institucionalize a violência de gênero. Eu espero que o feminismo que pulsa em cada uma de nós toque o seu âmago e percepção jurídica, mas alerto: quando isso acontecer, a forma como você enxerga o Direito nunca mais será a mesma! Que comece o show do feminismo jurídico!"