O juízo próprio designa o apego desordenado ao próprio parecer, à própria opinião e ao próprio conselho. Tem como causa a soberba intelectual. A primeira gravíssima consequência do juízo próprio é a de nos fazer cair na cegueira do espírito. Jesus Cristo caracterizou como cegueira o pecado dos fariseus: São cegos conduzindo cegos, e na repreensão contra eles repete esta acusação uma e outra vez: Ai de vós guias cegos Insensatos e cegos! Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo Fariseu cego! Trata-se, no entanto, de uma cegueira voluntária. A cegueira dos inimigos de Cristo é um caso extremo de juízo próprio. Cristo, contudo, tem a paciência de mostrar-lhes a incoerência de seus pensamentos e nem assim eles acreditaram. Por isso qualifica este pecado como pecado contra o Espírito Santo.