Phantasus é uma jornada pela teoria e pela prática da tradução de poesia de vanguarda tendo como ponto de partida, e de chegada, o poema-livro Phantasus, de Arno Holz. Após nos apresentar a trajetória do poeta alemão, Simone Homem de Mello adota a premissa de que a concepção de linguagem poética realizada pela literatura, especialmente a de vanguarda, revela a singularidade estética e histórico-literária do original, nisso travando um diálogo de afinidades e divergências com os pensamentos teóricos de Haroldo de Campos e Henri Meschonnic. O estudo das traduções da obra para o francês, o inglês, o italiano e o português empreendido neste trabalho de Simone Homem de Mello enriquece a análise e expõe ao leitor os desafios dessa empreitada. Os mesmos parâmetros empregados no cotejo das traduções citadas caracterizam sua própria brilhante tradução dos dezessete fragmentos de Phantasus aqui apresentados, constituindo uma verdadeira inspiração para a tradução de poesia de vanguarda em geral.