O livro analisa as disputas que envolvem a consolidação de uma memória pública sobre o passado ditatorial no espaço nacional argentino. Baseando-se em etnografia sobre o campo de ativismo dos familiares de desaparecidos da ditadura militar argentina, a obra examina como, ancorados nas relações de parentesco com as vítimas da repressão, esses familiares atribuem sentido às suas experiências e identidades, ao passo que encontram legitimidade social para suas demandas e ações políticas. De uma perspectiva processual da cultura, o trabalho explora como noções sobre política, parentesco, sangue, identidade e verdade atravessam os embates pelas memórias da ditadura na Argentina.