A denúncia do imperialismo norte-americano no Panamá. Esse é o tema de Um lobo solitário, cujo pano de fundo é a amizade de Greene com o general Torrijos Herrera, presidente panamenho morto em misterioso acidente em 1981 O livro. Graham Greene se preparava para visitar o Panamá, em agosto de 1981, quando recebeu a notícia da morte do general Omar Torrijos Herrera. O pequeno avião em que o general viajava caiu e não deixou sobreviventes. Um lobo solitário fala do envolvimento pessoal do autor com Torrijos. A relação de amizade entre os dois "começa de uma maneira estranha. Em 1976, quando as negociações entre os Estados Unidos e o Panamá para a assinatura de um novo tratado em relação ao Canal se arrastavam, Greene, morando na França, recebeu um telegrama convidando-o, em nome do general Omar Torrijos Herrera, a visitar o país como seu hóspede. E, embora achando inusitada a oferta, o escritor aceitou", relata Luiz Ruffato, autor do prefácio da nova edição lançada pela Editora Globo. Greene sempre se mostrou fascinado pela história da América Latina. Esse interesse resultou em seis romances. "Naqueles países raramente a política significou uma mera alternância entre partidos rivais. Tem sido uma questão de vida ou morte", declarou Graham Greene certa vez. Um lobo solitário, que teve sua primeira edição no Brasil em 1986, é reeditado pela Editora Globo seguindo os passos de outros dois romances de Greene publicados pela mesma editora: O Condenado e Os Farsantes.