a historiografia brasileira interroga-se e renova-se em novo ritmo. é a resultante da inquieta postura investigativa das novas gerações de historiadores de diferentes regiões do país que, voltados para escrutinar sob novas perspectivas a história de seus estados e cidades de origem, compulsam novos acervos documentais e geram trabalhos que propõem uma história que trata o brasil pela ótica de sua diversidade e complexidade territorial desde o início da colonização. esta obra bem traduz essa nova tendência da historiografia colonial brasileira, tão bem representada pela iniciativa de dois pesquisadores que instigaram seus pares a exporem em artigos de refinada elaboração um somatório de múltiplas concepções da formação do império português no trópico, tomando por referência a documentação de seus lugares de origem e aquela do arquivo histórico ultramarino de lisboa, recentemente trazida para o brasil pelo projeto resgate. ariadne ketini costa e josé inaldo chaves junior - com rara habilidade - reúnem em fazer e refazer o império: agências e agentes na américa portuguesa (sécs. xvii-xix) um elenco de historiadores – a maioria em formação no consagrado programa de pós-graduação em história da universidade federal fluminense - que expressam formulações teóricas e metodologias com a visão crítica das histórias locais das antigas regiões coloniais brasileiras que se transformaram (ou não) em urbes modernas, mas que carecem de uma historiografia que assente, com elementos próprios, a compreensão do papel jogado por suas elites dirigentes frente à centralidade das elites cortesãs na condução do império luso-ibérico no brasil.