Ecologia e democracia: desvendando os fundamentos ideológicos Luc Ferry, em A Nova Ordem Ecológica: A árvore, o animal e o homem, analisa de maneira fascinante as origens filosóficas e históricas da ecologia, ciência indispensável a todo ser humano. Segundo ele, ao longo dos anos, ela aproximou-se de ideologias perigosas, com raízes mais profundas no ideal de pureza que animou grandes leis governamentais ao redor do mundo sobre conservação e animais. Quais são os fundamentos ideológicos da ecologia? O que se sabe, por exemplo, do contexto intelectual em que a Alemanha nazista elaborou as primeiras grandes legislações sobre a proteção dos animais (1933) e da natureza em geral (1935)? Quais são, hoje, os motivos filosóficos ou políticos das correntes fundamentalistas que, nos Estados Unidos e no norte da Europa, exigem com seriedade um direito das árvores, das ilhas e das montanhas? Por que essas reivindicações de um contrato natural adquirem a forma de um antimodernismo radical, de uma “desconstrução do Ocidente em declínio”? São questões como essas que Luc Ferry responde em A Nova Ordem Ecológica, que traz tendências críticas sobre o pensamento ambiental moderno. Neste trabalho, ele adota um tom de historiador da filosofia para explicar as teorias dos grandes pensadores sobre a relação do homem com a natureza. Utilizando-se de ironias, também apresenta uma oposição filosófica de teorias contemporâneas, o que causou, na França, um debate público sobre as origens do ambientalismo ideológico. Este ensaio não argumenta contra uma ética ambiental, mas sim sua aliança com a democracia. “Uma obra de vigor intelectual, repleta de insights, inventividade e, principalmente, escrita por um dos maiores filósofos da atualidade.” (Le Fígaro)