Nos últimos anos, a Cirurgia Ortognática testemunhou uma mudança de paradigma, e as razões para isso incluem: Primeiro: o Diagnóstico Clínico Estético substituiu definitiva e irreversivelmente as abordagens cefalométricas clássicas em planejamento de cirurgia facial. Não se trata mais de números, mas de proporções e percepção subjetiva de beleza. Segundo: o planejamento em 3D permite a transferência precisa do plano cirúrgico para o centro cirúrgico, deixando pouco espaço para a improvisação intraoperatória. Terceiro: princípios cirúrgicos minimamente invasivos pousaram nesse campo, provocando uma abordagem empática que obriga o cirurgião a reduzir substancialmente os acessos, o descolamento e a ruptura de partes moles. Menos é mais. Graças a esses três novos aspectos, nós poderíamos considerar a cirurgia ortognática como um conceito velho e deficiente. Entretanto, uma nova filosofia de Cirurgia Ortofacial nasceu, que pode ser definida como a cirurgia funcional e estética do esqueleto da face e da máscara de partes moles. Tive a oportunidade de conhecer o Dr. Jonathas Claus há 1 ano, durante sua visita ao meu departamento em Barcelona. Ele fora recomendado por nosso ex-companheiro e amigo comum, o Dr. Orion Haas. No momento atual da minha vida profissional, posso reconhecer facilmente um líder de opinião quando encontro um deles. Jonathas é o típico pensador fora da caixa que, como seu predecessor Doutor Haas, continuou perguntando sobre todos os aspectos do meu planejamento e técnicas cirúrgicas. Jonathas se revelou um representante genuíno da escola brasileira de Cirurgia Maxilofacial, com abordagem altamente estética e tecnicamente orientada à cirurgia. Em poucos dias, ele foi capaz de preparar um protocolo que nos permitirá o uso em guias de corte caseiros para nossas osteotomias. É desnecessário dizer que essa experiência foi logo traduzida para um artigo já publicado. Com esses antecedentes, este livro não é uma surpresa. Ele capta nitidamente a nova [...]