Este livro nos leva a perguntar, então, pelas possibilidades que se abrem para uma existência outra daquela que temos tido ou sido. Questionando os regimes de verdade que referenciam nossas ações, perguntando pelos valores que norteiam as condutas humanas, o que implica desnaturalizar o sujeito apontando para a historicidade da subjetividade. Prado nos faz pensar nos modos pelos quais nos produzimos e somos produzidos. Afinal, mostra ele, na esteira de Foucault, a confissão e a obediência que implicam os modos de constituição do indivíduo moderno têm sido importantes e sofisticados meios estratégicos da dominação burguesa.