Após 30 anos de carreira artística, Marcos Duprat lança seu primeiro livro SONHOS DIURNOS, uma coletânea de 92 desenhos sobre papel, principalmente papel artesanal. A idéia do papel artesanal surgiu tentando explorar as características de cada um deles, para s diversas imagens, que foram sendo executadas de 2000 a 2005, durante sua estadia em Tóquio, trabalhando como diplomata. Desde os primeiros dias no Japão, o artista começou a desenhar esboços rápidos de observação direta, uma reação espontânea às características gráficas da realidade visual japonesa. "As imagens foram selecionadas sob um critério sensorial buscando uma relação temática e coerência emocional entre elas. Por isso - e também pelo texto do crítico japonês Takeshi Kanazawa, pensei em dar o título Sonhos Diurnos. Essas imagens são convidativas à imaginação, ao devaneio introspectivo e à evocação de um mundo recriado através da observação da realidade visual, transformada pela memória", diz Marcos em seu texto introdutório. O livro conta com apresentação de Marcelo Araújo, diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo, onde se encontra uma exposição individual homônima de Marcos Duprat, com o apoio do Dr. José Mindlin e sua esposa Guita Mindlin, amigos há mais de 30 anos e textos de Miki Kaneko (editor-chefe do Gekkan Bijutsu de Tóquio), Tom Baker (Daily Youmiuri, Tóquio) e do crítico de arte Takeshi Kanazawa. "Marcos Duprat é, por força de suas funções diplomáticas, uma andarilho do mundo. Seu olhar de artista, seleciona, das culturas e paisagens visitadas, elementos sensíveis que são incorporados em sua obra, consolidando um permanente processo de investigação pictórica, no qual a luz desempenha função estrutural", diz Marcelo Araújo em sua apresentação.