Gilda Vaz e Regina Beatriz, exímias bordadeiras que são, capazes de ouvir rumores, gritos e sussurros das palavras e seus silêncios, costuraram esse livro, que nasce da escuta. De uma escuta da qual nos fala Clarice, no texto que inspira este título: de algo que está entre e além das palavras. Porque há sempre algo que escapa, que permanece indizível, na literatura ou na psicanálise, assim como na vida. Para isso Clarice nos alerta: Que não se esmaguem com palavras as entrelinhas. Porque é preciso ir além. E buscar, a partir da palavra, a entrelinha, essa não palavra. - Daniella Zupo