Willys de Castro (1926-1988) foi designer, poeta, tradutor, músico e um dos mais ativos participantes do movimento neoconcreto brasileiro. Num consistente apanhado de imagens, músicas, reproduções de obras e escritos, tanto poéticos como ensaísticos, o múltiplo trabalho desse artista apresenta-se neste livro como um dos pontos-chaves de uma tradição estética construtiva no Brasil. O trabalho com a palavra, com o som e com a imagem gráfica criou uma inter-relação entre seus projetos de design e suas performances musicais, numa ousada experimentação que envolvia em sua esfera de ação poetas, teatrólogos e até empresários. A monografia do crítico Roberto Conduru abarca com clareza toda trajetória de Willys de Castro. Revela inclusive uma curiosa vocação construtiva das obras do artista relacionada à estatuária religiosa colonial. Todos estes elementos levam a uma compreensão histórica de sua singular importância, fazendo justiça ao artista e à memória viva em seus trabalhos. O volume inclui ainda, textos de Willys sobre artes visuais e o CD Policromos, peça musical de autoria do artista, interpretada pelo quarteto de cordas Aureus.