Inventamos a roda, a luz elétrica, a internet. E também canhões, bombas atômicas e a cultura do cancelamento. Se a ciência nos chama de Homo sapiens, seres sábios e inteligentes, poderia igualmente nos chamar de Homo ferox, seres ferozes e cruéis. E por que será que somos tão violentos? O que leva um ser humano carinhoso com amigos e familiares a metralhar uma fileira de homens em poucos segundos? A discriminar uma pessoa por causa da cor de sua pele? Para o jornalista científico, o único jeito honesto de enxergar o que somos é não desviar o olhar de nossos erros e defeitos. E o primeiro passo para tentar modificar um cenário ruim é entendê-lo. É por isso que, aqui, ele reúne pistas neurobiológicas, evolutivas, arqueológicas, psicológicas, epidemiológicas, culturais e até estatísticas para investigar a natureza da violência humana e, mais do que isso, propor caminhos para combatê-la.