O livro Elias Andreato – A Máscara do Improvávelescrito pelo jornalista Dirceu Alves Jr., revela a trajetória de um homem que transformou um sonho em realidade. Radicado em São Paulo, o paranaense Elias Vicente Andreato, 63, é filho de um casal de lavradores, driblou a pobreza e construiu uma respeitada carreira como ator e diretor. Além da biografia de Andreato, o livro ainda apresenta passagens O livro Elias Andreato – A Máscara do Improvável, escrito pelo jornalista Dirceu Alves Jr., revela a trajetória de um homem que transformou um sonho em realidade. Radicado em São Paulo, o paranaense Elias Vicente Andreato, 63, é filho de um casal de lavradores, driblou a pobreza e construiu uma respeitada carreira como ator e diretor. Além da biografia de Andreato, o livro ainda apresenta passagens representativas (e inéditas) da vida e da obra de nomes com quem o artista trabalhou. Andreato foi camareiro e contrarregra de Antonio Fagundes no monólogo “Muro de Arrimo” (1975). Estreou como ator profissional em “Pequenos Burgueses” (1977), produzido por Renato Borghi e Esther Góes, e conheceu a consagração em monólogos em que vasculhou a obra a personalidade de gênios como Van Gogh, Artaud e Oscar Wilde. Para o ator Paulo Autran (1922-2007), Andreato dirigiu os espetáculos “Visitante o Senhor Green” (2000) e “Adivinha Quem Vem Para Rezar” (2005). Também estava no elenco da comédia “O Avarento”, o derradeiro trabalho do intérprete, acompanhando de perto os últimos anos de vida do artista. Responsável por despertar a paixão pela arte em Elias Andreato, a cantora Maria Bethânia também é uma personagem importante. Em 1972, o garoto de 17 anos entrou pela primeira vez em um teatro para ver o espetáculo “Rosa dos Ventos”. Em 1997, durante uma apresentação do solo “Oscar Wilde”, Bethânia o aplaudiu pela primeira vez e, ali, nasceu uma amizade que se estende até hoje. A consagração desse laço se deu em 2010. A cantora convidou Andreato para elaborar um roteiro e dirigir o espetáculo Criaturas que o mundo esqueceu” não se parece com nada que você tenha lido recentemente na literatura brasileira. São 11 contos independentes, mas que se interligam através de alguns personagens em comum, protagonistas aqui, coadjuvantes acolá. Narrativas amorais e homoeróticas ambientadas algumas décadas atrás num Rio de Janeiro já pra lá de decadente. Muita ironia. Temos um nobre francês, uma condessa italiana, um editor de livros, uma temida cronista social, uma cantora do rádio e vários travestis, veados e mariconas, malandros, garotos de programa, adolescentes zona sul e outros exemplares da fauna e da flora da falecida Cidade Maravilhosa. Todos promiscuamente frequentando os mesmos locais, sejam eles festas milionárias na orla de Copacabana, um bordel de homens em Xerém, as ruas e praias de Ipanema ou os cabarés do sempre misterioso Centro do Rio.