Desde a sua publicação, em 1854, 'Walden ou A vida nos bosques' se converteu numa bíblia secreta, lida e amada no mundo inteiro. Sem este livro planetário que une poesia, ciência e profecia, não teria havido Gandhi, o movimento ecológico e a rebelião mundial da juventude. Pelo seu dom de fazer florir e frutificar o coração do homem, esta obra é uma semente. Ele tem inspirado as sucessivas elites intelectuais a se insurgirem contra o convencional 'american way of life', como é o caso de Henry Miller. A vida das grandes cidades depende da vida nos bosques - assim, Walden levou a geração dos hippies a redescobrir a terra e a natureza, as árvores e os rios, os bichos e as estrelas. Estimulou e justificou a desobediência civil contra o estado guerreiro e tributário. Ensinou o homem a ser solidário mesmo na solidão, identificando o seu semelhante - o outro ao mesmo tempo igual e diferente - e a comungar com o universo. A salvação do mundo e dos povos passa pela salvação do indivíduo, pelo respeito à liberdade individual e aos direitos à diferença e à diversidade - eis a lição suprema deste livro que, dotado de uma juventude perpétua, nos ensina a amar a vida. Pelo seu dom de fazer florir e frutificar o coração do homem, 'Walden ou A vida nos bosques' é uma semente.