Depois de ter enfrentado a infertilidade, a autora se sentiu compelida a escrever para casais católicos que passam por aquilo que ela chama de deserto, uma experiência especialmente dolorosa, que inclui sentimentos que vão do fracasso à completa desesperança, quando os recursos disponíveis não alcançam os resultados esperados. No caso dos casais católicos, pode ser ainda mais difícil, já que muitas intervenções, como a inseminação artificial e a fertilização in vitro, não são moralmente aceitáveis de acordo com a Igreja. A autora fala do estresse sofrido pelo casal, das decepções mensais, da sensação de isolamento diante do diagnóstico de infertilidade, da raiva contra Deus, da tristeza que a segue, da inveja reprimida pelas crianças alheias, da sensação de fracasso por não ser capaz de conceber, da via-sacra dos exames e médicos especialistas. Também fala das cobranças, dos conselhos estapafúrdios e das frases vazias de consolo.