Trabalhei na Caixa Econômica Federal em Curitiba/PR por 20 anos. Destes, foram oito anos como caixa executivo, no guichê. A minha primeira Agência era bem grande, a maior do estado, com mais de 100 funcionários, sendo mais ou menos 25 caixas efetivos e muitos substitutos. A rotatividade de funcionários de uma Agência para outra não era frequente, mas mudávamos de área internamente de tempos em tempos. Apesar da quantidade de funcionários, nós tínhamos um grupo de 'mais' amigos que fazíamos lanche juntos, dividíamos tarefas, dividíamos as festas de aniversários. Tínhamos, também, um grupo de 'mais mais' amigos, que além de tudo isso, nos reuníamos nos finais de semana e compartilhávamos as festas familiares. Com estes, conversávamos sempre sobre escrever um livro de memórias. Cada vez que acontecia um fato pitoresco, era motivo para um pequeno encontro de diversão ou para passar o estresse. Em cada reunião familiar, aniversário ou mesmo aquelas (às vezes bem enfadonhas) demoradas reuniões mensais de metas ou trabalhos novos, arranjávamos um tempinho para lembrar e falar das pitorescas ocorrências 'daquele dia' e isto sempre nos divertia. Aliás, até hoje, quando nos encontramos. Hoje, nos encontros, uns dizem: "tem coisas que não quero nem lembrar", ou "tem coisas que não quero esquecer nunca", ou "tem coisas que, quando lembro, dá vontade de chorar". Como gosto de escrever, assim que saí da Caixa Econômica tratei de guardar não só na memória, mas também em um caderno, algumas histórias que aconteceram e foram marcantes na minha vida de economiária/bancária. Juntei fotos, lembranças, documentos, carteirinhas, chaveiros e guardei tudo. Mas, o mais importante: guardei no coração a lembrança daqueles tempos felizes, dos amigos que tive, dos momentos marcantes. Este é um livro para "rir, chorar de rir ou chorar''. NEYD