O ensaio analítico sobre os mais importantes tipos de imposição que agora se publica não tem, que eu saiba, precedentes! Contudo, o seu interesse, hermenêutico e didáctico, parece tão flagrante, e a ausência de tentativas similares de tal maneira estranha que alimento a suspeita de que somente a ignorância me esconda o que antes outros tenham feito melhor, embora em termos semelhantes, sobre este tema...Haja o que houver, contudo, o presente exercício de estilo singulariza-se, desde logo, por não conter quaisquer resquícios de uma logomaquia marginalista practicamente ubíqua, especialmente evasiva e estéril, que se traduz em fingir destacar o "ócio" do "negócio" (o seu fatal avesso...), colocando-os frente a frente, ambos terçando armas imaginárias como as que "bens" e "males", "públicos" e "privados", esgrimem entre si, num arremedo de "luta pela vida" travada in mente de um homo oeconomicus realmente sem rival, num modelo "analítico" evacuado de personagens, instituições e história, que o paradigma conformista se delicia em cultivar...