A expressão Império Romano designa o conjunto territorial mais vasto do mundo antigo. Define igualmente uma instituição política sem precedente em que a autoridade de um monarca divinizado permanece contida pela força das leis. Evoca, por fim, o duradouro esplendor de uma civilização de vocação universal, símbolo de prosperidade e de paz. A instituição imperial - o Principado - impõe-se no fim das lutas civis que ensanguentaram a República Romana. Desaparece definitivamente em 476 d. C. É tanto mais importante para nós compreender este «milagre que durou cinco séculos e que não devemos esperar voltar a ver» (J.-J. Rousseau) quanto lhe devemos a nossa língua e uma parte essencial da nossa cultura. Quais foram os traços dominantes do Império Romano? As personalidades capitais que marcaram a história das suas dinastias sucessivas? As realizações que ilustraram o seu apogeu e as fraquezas que conduziram ao seu declínio? É a estas interrogações que a obra se esforça por responder.