Unindo o trabalho jornalístico aos artifícios da ficção, Sérgio Rodrigues esmiúça um dos episódios mais controversos de nossa história — que tanto a esquerda quanto a direita fizeram questão de apagar.Unindo o trabalho jornalístico aos artifícios da ficção, Sérgio Rodrigues esmiúça um dos episódios mais controversos de nossa história — que tanto a esquerda quanto a direita fizeram questão de apagar. Tudo indica que Elza Fernandes tinha dezesseis anos quando foi assassinada, em 1936, a mando da alta cúpula do Partido Comunista do Brasil, sob suspeita de traição. A dúvida sobre sua idade é uma das muitas incoerências que circundam a biografia de Elvira Cupello Calônio — a jovem por trás do codinome. Neste romance revelador, Sérgio Rodrigues se vale do talento literário e do rigor jornalístico para tentar preencher algumas dessas lacunas. De um lado, acompanhamos a vida de Molina, aspirante a escritor contratado por um senhor misterioso para escrever suas memórias dos tempos de comunista. De outro, somos confrontados com documentos, relatos e entrevistas, frutos de um trabalho ímpar de investigação e pesquisa. Ao retratar um dos incidentes mais nebulosos da Era Vargas, o romance joga luz sobre uma personagem esquecida e contribui para esclarecer uma questão imprescindível: afinal, por que Elza foi varrida da história do Brasil?