É o retrato de uma geração que entrou na vida no final da década dos sessenta. O regime da ditadura civil-militar, que assolou o país por mais de vinte anos, funciona como um serial killer que provoca o combate que se mostra de muitas formas. Perder a juventude nesse ambiente é uma experiência cheia de terror, mas a convivência de um grupo de pessoas identificadas por aspirações comuns e pela paixão pelo cinema, serve de antídoto a esse vivência hostil.O que importa realmente é que Maria José Silveira conseguiu fazer um panorama de 50 anos de Brasil, mesclando habilmente fatos jornalísticos com a memória de suas personagens, que se tornam ao mesmo tempo singulares (em benefício da ficção) e exemplares (em benefício da História) - Manoel da Costa Pinto - Folha de S. Paulo