Médicos, psicólogos, psicanalistas e pacientes, na cena hospitalar, as voltas com a questão da subjetividade e da singularidade de cada um deles: eis o tema deste livro. O que querem os pacientes quando procuram os médicos? A cura, obviamente, mas querem também um pouco de atenção, carinho, e de conversa, ou seja, amor. Muito bem, os pacientes querem cura e amor, mas será que os médicos têm tudo isto para dar? Ou forjados na objetividade do método cientifico oferecem, compenetrados e orgulhosos, exclusivamente a excelência de sua técnica de cura. Já os psicanalistas e psicólogos colocam em cena a subjetividade convidando os médicos, e também os pacientes, a um novo olhar sobre a doença. Este novo olhar pretende acrescentar a técnica de cura médica o cuidadoso acolhimento da pessoa como um novo recurso para a realização da verdadeira tarefa da medicina: ajudar o paciente a fazer a travessia da experiência do adoecimento. Este livro se propõe, também, a discutir a relação entre médicos, psicólogos e psicanalistas, e o fato de o autor do livro ser, ele próprio, médico, psicólogo e psicanalista traz alguns aspectos curiosos para esta discussão.